“No AC Milan não era para fazer jogo
nenhum por causa das lesões. Mas consegui
jogar no último jogo e fui campeão. Tinha uma atrofia total na perna e nunca mais fui o
mesmo jogador.”
“Em Milão, eles diziam ‘o último a operar é quem vai pagar se não jogas. Vais arruinar a vida de qualquer cirurgião, porque o AC Milan é um gigante e o médico que te opere e não jogues mais…’. Depois apareceu o Dr. Saillant.”
“Estive lá 5 meses e nunca perdi com a camisola do Benfica. E faço o jogo mais completo da minha vida, naquela final com o Boavista, em que ganhamos a Taça de Portugal. Fiz dois golos, uma assistência e um penálti. Foi uma loucura.”
“Na altura a rivalidade entre FC Porto e Benfica era tremenda. Jogadores do FC Porto de um lado e do Benfica do outro, não havia relação. E é no México que começamos a falar todos. Portanto, se houve alguma coisa positiva em Saltillo foi esquecer o clubismo.”
“No Mundial-86, México, chegámos lá muito cedo. Demasiado cedo. Costumo dizer que chegámos lá primeiro que os mexicanos.”
“Tínhamos chegado a acordo com o Inter de Milão, mas depois chegou um candidato à presidência do Atlético de Madrid cheio de dinheiro, o Gil y Gil."
“O balneário do FC Porto era tremendo. Ali estava a mística, o Porto, matar pelo Porto, morrer pelo Porto, suar sangue pelo Porto. Tudo Porto.”
“Comecei a fumar com 12 anos. Foi no barco, naquelas viagens para os treinos, para passar o tempo comecei a fazer bolinhas de fumo, comecei a travar e nunca mais parei.”
“O Toshack veio ter comigo e disse-me que não tinha espaço para mim na primeira equipa. No dia seguinte, veio no jornal: ‘Paulo Futre vai ser emprestado à Académica’. Ao terceiro dia apareceu o FC Porto.”
“O Pinto da Costa tem uma frase importante: ‘Paulinho, aí não te querem, mas aqui vais ser tu e mais 10’."
“A noite das eleições no Sporting foi uma grande confusão, até havia mortos a votar.”
“Já era embaixador do Atlético. Estava sentado, almoçado, a fumar e o Antíc diz-me para me equipar. Fiz dois golos em 20 minutos.”
“Pensei, no Japão não tenho pressão, o dinheiro era praticamente o mesmo. Decidi com moeda ao ar. Estava no Algarve, moeda ao ar, saiu Japão, liguei para o gajo do Japão.”
“Os treinadores mais marcantes? O Artur Jorge, sou campeão da Europa com ele. E o Luis Aragonés. E há outro que apesar de não ter jogado com ele, só fiz um jogo, também era fantástico ao nível de motivação, o Capello.”
“O Chalana, só com o corpo, tirava dois ou quatro defesas da frente dele, eu era com os braços. O movimento de braços.”
“Eu com os pés era um génio.”
"Quando te dão uma caneta para assinares o primeiro autógrafo é como te darem uma pistola com cinco balas em seis buracos para jogares à roleta russa."
"Senti que fui tão grande no Atlético de Madrid, o maior jogador da história do clube."
"Fui o maior e faria tudo igual. Nunca mais apareceu ninguém a cair como eu."
“El Piscinero? Era uma arte. Muitas vezes nem eu fazia ideia se tinha sido ou não penálti.”
“Quando o FC Porto perdia era um ciclone tremendo, cinzento, horrivel, a cidade chorava."
"A minha vida transformou-se completamente... Deu uma volta de 360 graus!..."
“Fico sempre com esta frase do meu pai. Chego ao aeroporto e o meu pai dá-me um abraço e diz-me: ‘Uma jogada de génio, mas a definição é de jogador de distrital. Eu não te digo sempre para treinares mais a definição?’ E eu tinha acabado de ser campeão da Europa. Naquela jogada genial só ele é que viu logo que eu não queria passar a bola.”
“Gil y Gil foi um amigo enorme e um inimigo terrível. Não houve nem nunca haverá entre um presidente e um jogador uma história de amor e ódio como a que tivemos os dois. Morreu no dia em que regressei a Madrid e houve quem dissesse que ele esteve à minha espera para partir.”
PAULO FUTRE
Na época 1983/84, Josef Venglos
decidiu lançar na equipa principal do Sporting CP, no jogo contra o FC Penafiel
(5-1), uma jovem promessa ainda júnior que chegava como prodígio das camadas
jovens: O vendaval Paulo Jorge dos Santos Futre.
O novo treinador leonino, para a época 84/85, o galês John Benjamin Toshack, mexeu com a sua irreverência e as suas ambições e o FC Porto foi o porto de abrigo e seguro para embarcar numa longa e atribulada viagem no mundo do futebol.
No FC Porto ganhou 2 títulos nacionais consecutivos, 2 Supertaças portuguesas e ainda 1 Taça dos Campeões Europeus. Em 1987, ficou em 2.º lugar na Bola de Ouro (Ballon d'Or) da France Football, perdendo para o holandês Ruud Gullit do AC Milan por 15 votos (106 vs 91).
Foi sempre genial, vertical, imprevisível, indisciplinado tacticamente, “garganeiro” e “piscinero”. E no Atlético de Madrid de Jesús Gil y Gil encaixou como nenhum outro, apesar de poder jogar noutro patamar do futebol europeu.
Nos “Colchoneros” ganhou duas Taças
do Rei. Na época 90/91 o “Atleti” ficou em segundo lugar atrás do Barcelona de
Johann Cruijff e conquistou a Taça do Rei na final contra o RCD Mallorca (1-0).
Na época 91/92 os “Rojiblancos” quedaram-se em terceiro lugar no campeonato (53
pontos) após uma luta renhida com o Barcelona (55 pontos) e o Real Madrid (54
pontos). Na final da Taça do Rei vitória sobre o Real Madrid por 2-0 no Santiago
Bernabeu, com Futre a marcar o segundo golo.
Esgotada a estadia no Vicente Calderón, Paulo Futre regressa a Portugal para vestir a camisola do seu terceiro grande: o SL Benfica. Uma Taça de Portugal marcou o trajecto curto pelos “encarnados” antes de começar uma vertiginosa viagem por vários clubes e países, sempre perseguido por lesões implacáveis e por decisões irreflectidas que foram acelerando o declínio.
Integrou o grupo de "Os
Infantes" de Saltillo no Mundial México86. O Mundial onde Futre ia
“rebentar” mas que acabou por “rebentar” com o Futre. Nunca mais o “El
portugués” jogou uma fase final de um Mundial ou de um “Euro”.
No EURO 88 na Alemanha, com Futre no
auge da carreira, Portugal não conseguiu o apuramento ficando atrás de Itália e
Suécia.
No Mundial Itália 90, ainda com
Futre em grande no Atlético de Madrid, Portugal também não conseguiu a
qualificação ficando atrás de Bélgica e Checoslováquia.
No EURO 92 na Suécia, já com alguns
jogadores da geração de ouro, a selecção portuguesa não conseguiu a
qualificação ficando em segundo lugar atrás do campeão europeu em título,
Holanda.
No Mundial USA94, já com Futre
fustigado pelas lesões, Portugal ficou atrás de Itália e Suiça e não conseguiu
a qualificação.
No EURO 96 em Inglaterra a selecção
portuguesa conseguiu a qualificação mas Paulo Futre não foi convocado.
Paulo Futre foi 41 vezes internacional pela selecção A e marcou 6 golos em 3161 minutos.













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