"Vamos ajudar o futebol a todos os níveis a ocupar o seu devido lugar no mundo. O futebol é o único desporto global no mundo com mais de 4 mil milhões de adeptos e a nossa responsabilidade como grandes clubes é responder aos desejos dos adeptos".
FLORENTINO
PÉREZ
"Os
nossos 12 Clubes Fundadores representam milhares de milhões de adeptos em todo
o mundo. Reunimo-nos neste momento crítico, para que a competição europeia
possa ser transformada, dando ao desporto que amamos uma fundação sustentável
para o futuro, aumentando substancialmente a solidariedade, e dando aos adeptos
e jogadores amadores um sonho e jogos de alta qualidade que alimentarão a sua
paixão pelo jogo."
ANDREA
AGNELLI
“Um desporto
não é desporto quando a relação entre o esforço e a recompensa não existe. Um
desporto deixa de ser desporto quando o sucesso é garantido e não importa se
perdes. Não é justo quando uma equipa luta, luta e luta, chega ao topo, mas não
consegue qualificar-se porque o sucesso já estava garantido para alguns outros
clubes."
PEP GUARDIOLA
Fala-se de
uma Superliga Europeia desde os anos 1980, mas a 19 de abril de 2021, a
Superleague, Lda apresentou um projecto de uma competição fechada com 20
equipas, denominada Super Liga Europeia (European Super League), com 15 clubes
fundadores e 5 clubes convidados anualmente.
Na
apresentação do projecto surgiram 12 clubes fundadores (FC Barcelona, Real Madrid
CF, Club Atletico Madrid, Arsenal FC, Chelsea FC, Liverpool FC, Manchester City
FC, Manchester United FC, Tottenham Hotspur FC, Juventus FC, AC Milan, FC Internazionale
Milano), dado que Paris Saint-Germain FC, Bayern Munique e Borussia
Dortmund não acompanharam. Florentino Pérez (Real Madrid) foi indicado como presidente deste projecto,
coadjuvado por Andrea Agnelli (Juventus)
e Joel Glazer (Manchester United).
Neste circuito
fechado de provas os clubes fundadores tinham a garantia de permanência no
grupo, independente do percurso desportivo.
O objectivo
era claramente financeiro e não desportivo, dado que os clubes promotores da
ideia não disfarçaram algumas dificuldades financeiras, devido à pandemia e por
estarem reféns das quantias megalómanas
do circo do futebol, apesar de manterem o rótulo de clubes mais poderosos da
europa ou integrados nas 5 ligas mais competitivas (Espanha, Inglaterra, Alemanha, França e Itália).
Para estes
clubes, o modelo da Champions League estava ultrapassado porque só a partir dos
quartos de final despertava interesse global e resultados financeiros. No fundo
era criar um torneio dos clubes mais poderosos que distribuiriam o dinheiro
entre si nessa sociedade fechada e sem obediência à UEFA e ao seu controlo
absoluto.
A UEFA reagiu
de forma enérgica e crítica numa declaração conjunta com a Federação Inglesa de
Futebol, a Premier League, a Real Federação Espanhola, a La Liga, a Federação Italiana
de Calcio e a Serie A e ameaçou banir os clubes participantes das suas
competições nacionais.
Da mesma
forma, a FIFA e a Associação Europeia de Clubes (ECA) criticaram a criação de
uma competição independente, o primeiro-ministro inglês Boris Johnson considerou
que os planos para uma Superliga Europeia seriam muito prejudiciais para o
futebol e para as suas autoridades, enquanto o presidente francês Emmanuel
Macron garantiu actuação por forma a proteger a integridade das competições das
federações contra um projecto que ameaçava o princípio da solidariedade e o
mérito desportivos.
Foi realmente
uma reacção rápida, condenatória, apaixonada e emocional, nomeadamente por
parte dos adeptos ingleses.
Dos 12
fundadores iniciais apenas Barcelona e Real Madrid não suspenderam o interesse,
mantendo o processo em banho-maria, com futuro incerto, mas sem condições para
continuar na data pretendida.








