No futebol nada está garantido. É um jogo de habilidades com os pés e exploração da inteligência. Muitas vezes a equipa que joga melhor com os pés não ganha à equipa que joga melhor com a cabeça.


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quinta-feira, 3 de junho de 2021

CHELSEA FC: Liga dos Campeões 2011/12

A 19 de maio de 2012 o Chelsea FC de Roberto Di Matteo conquistou a Liga dos Campeões de futebol pela primeira vez na sua história ao derrotar na final o Bayern de Munique de Jupp Heynckes (4-3 nas penalidades, depois do 1-1 após prolongamento), na Arena de Munique, Alemanha.

O Bayern de Munique partia com algum favoritismo, principalmente por jogar em casa e pela ausência de algumas peças importantes no adversário, mas também porque a aposta foi claramente para conquistar o troféu depois da irregularidade da época anterior com Louis van Gaal. Na Bundesliga voltou a ficar atrás do Borussia Dortmund mas desta vez em segundo lugar.

Nas meias-finais, o Bayern afastou o Real Madrid de José Mourinho e Cristiano Ronaldo nas grandes penalidades por 3-1 após igualdade nos resultados (2-1/1-2).

Por seu lado, o Chelsea FC tinha a obsessão da Champions League depois da primeira tentativa falhada em 2008. Tinha contratado André Villas-Boas mas a época foi perdendo fulgor e Roman Abramovich resolveu promover Roberto Di Matteo para corrigir o trajecto. O pragmatismo do novo treinador garantiu a Taça de Inglaterra e a Taça dos Campeões.

Nas meias-finais, o Chelsea, depois de afastar o SL Benfica (1-0/2-1) nos 4.ºs de final, superou o FC Barcelona de Pep Guardiola e Lionel Messi após uma vitória (1-0) em casa e um empate (2-2) em Barcelona.

Num jogo arbitrado pelo português Pedro Proença, e com 62 500 espectadores nas bancadas, Thomas Muller aos 83 minutos colocou os alemães em vantagem, mas Didier Drogba aos 88 empatou a partida e levou a decisão para as grandes penalidades depois de um prolongamento sem alterações, apesar de Robben ter desperdiçado um penalty com defesa de Petr Cech.

Nas grandes penalidades o Chelsea alcançou o troféu depois de vencer por 4-3. Juan Manuel Mata, do Chelsea, falhou a primeira, mas depois Ivica Olić e Bastian Schweinsteiger, do Bayern, falharam as duas últimas e concederam o título.









JOSÉ MOURINHO: Taça dos Campeões 2004

Na minha carreira, foi o momento mais bonito por essa criação a partir do zero. Gosto de dizer que é nosso. Construímos todos juntos. Foi a nossa obra prima principal”.

JOSÉ MOURINHO


A 26 de maio de 2004 José Mourinho conquistou a sua primeira Liga dos Campeões, na Arena AufSchalke, em Gelsenkirchen, na Alemanha, quando o FC Porto venceu o AS Monaco por 3-0 na final.

José Mourinho foi contratado pelo FC Porto em 2002, prometeu que iria ser campeão na época seguinte e construiu uma equipa “praticamente do zero” para conquistar 2 Ligas portuguesas, 1 Taça de Portugal (1-0 frente à União de Leiria), 1 Supertaça nacional (1-0 frente à União de Leiria), 1 Liga Europa/Taça UEFA (3-2 frente ao Celtic Glasgow) e 1 Liga dos Campeões (3-0 frente ao AS Monaco).

Era o FC Porto de Vítor Baía, Nuno Espírito Santo, Jorge Costa, Nuno Valente, Paulo Ferreira, José Bosingwa, Ricardo Carvalho, Costinha, Pedro Mendes, Maniche, Dmitri Alenichev, Carlos Alberto, Deco, Derlei, Edgaras Jankauskas, Benni McCarthy entre outros.

Em 2004 José Mourinho saiu do FC Porto para o Chelsea FC onde iria continuar a escrever a sua história, mas como Special One.




quarta-feira, 2 de junho de 2021

A TRAGÉDIA DE HEYSEL

A 29 de maio de 1985 a Final da Taça dos Campeões Europeus, entre Juventus FC de Giovanni Trapattoni e Liverpool FC de Joe Fagan, disputada no estádio de Heysel, Bruxelas, ficou marcada pela “Tragédia de Heysel”.

A tragédia foi provocada pelos hooligans ingleses. Os adeptos do Liverpool foram colocados nos sectores X e Y enquanto os da Juventus foram distribuídos pelos sectores M, N e O, no topo oposto. A zona Z, adjacente aos apoiantes do clube inglês, devia ser uma zona neutra para os adeptos sem preferência clubística das equipas envolvidas na final. No entanto, muitos destes bilhetes acabaram por ser vendidos no mercado negro a adeptos da “Vecchia Signora”.

Antes do início do desafio, e depois de vários incidentes nas ruas de Bruxelas, cerca de duas centenas de hooligans ingleses encurralaram adeptos italianos no referido sector Z do Heysel, que recuaram até ao fim da arquibancada: as grades que poderiam permitir a evacuação estavam fechadas e a polícia empurrou de volta quem queria fugir.

Prensadas, as pessoas saltaram para o relvado, com o pânico a levar centenas a serem pisadas e esmagadas contra as grades, que cederam e foram derrubadas. Isto para além da utilização de barras de ferro para agredir os rivais.

O resultado foi a morte de 39 pessoas (32 das quais italianas) e mais de 600 feridos.

Esta tragédia obrigou as entidades a enfrentar o hooliganismo e na sequência do ocorrido os clubes ingleses foram banidos das competições europeias durante cinco anos, com o Liverpool a ser penalizado com mais um ano.

Apesar do sucedido, o jogo da final realizou-se mesmo e a Juventus FC de Platini, Boniek, Paolo Rossi, Tardelli, Scirea, conquistou o troféu ao Liverpool FC de Grobbelaar, Whelan, Kenny Dalglish, Ian Rush, ao vencer por 1-0, golo de Michel Platini.










 

segunda-feira, 31 de maio de 2021

SL BENFICA 1961 - Taça dos Campeões 60/61


“Nunca mais ponho os pés neste estádio maldito”.

ZOLTAN CZIBOR


A 31 de maio de 1961 o SL Benfica de Béla Guttmann conquistou pela primeira vez a Taça dos Clubes Campeões Europeus ao vencer o FC Barcelona de Enrique Orizaola, por 3-2, na final disputada no Wankdorfstadion, Berna, Suiça. O estádio que se tornou maldito para os húngaros, desde o Mundial de 1954, excepto para Guttmann.

O FC Barcelona reunia o maior grau de favoritismo com um quinteto maravilha composto pelo espanhol e Bola de Ouro Luis Suárez, os húngaros László Kubala, Sándor Kocsis, Zoltán Czibor, o brasileiro Evaristo e ainda o Guarda-redes Antoni Ramallets, perante uma equipa portuguesa que saía inesperadamente do anonimato para se afirmar na Europa.

Era o SL Benfica do mestre Béla Guttmann que conseguiu reunir um interessante grupo de jogadores e mentalizá-los em relação às suas qualidades e capacidades. Costa Pereira, Mário João, Ângelo Martins, José Neto, Germano, Fernando Cruz, José Augusto, Joaquim Santana, José Águas (cap), Mário Coluna e Domiciano Cavém foram os “heróis de Berna”.

Nas meias-finais, o SL Benfica afastou os austríacos do SK Rapid Viena em 2 jogos (3-0 / 1-1), enquanto o FC Barcelona ultrapassou os alemães do Hamburgo SV em 3 jogos (1-0 / 1-2 / 1-0).

Na final, o FC Barcelona depressa evidenciou a sua superioridade, com um golo de Kocsis, mas acabou surpreendido pela aplicação e objectividade dos encarnados que aos 55 minutos venciam por 3-1, com golos de José Águas, Ramallets na própria baliza e Mário Coluna.

Depois assistiu-se a um exercício de poder dos “blaugrana” que obrigaram a muita disciplina, espírito de sacrifício e capacidade de superação por parte das “Águias de Lisboa”.

A combinação da combatividade, da fortuna e das traves, “aquellos malditos postes”, consentiram apenas mais um golo, aos 75 minutos por Czibor, e garantiram o primeiro título europeu de um clube português.

José Águas (SL Benfica), com 11 golos, foi o melhor marcador desta edição da Taça dos Campeões, 1960/61.