Em
1966, na votação para a Bola de Ouro, a mais renhida de sempre, Bobby Charlton acabou
por vencer por apenas um voto (81-80) e mais tarde veio a saber-se que tinha
sido o voto de Couto e Santos, na altura correspondente português da France
Football, a fazer a diferença.
Obviamente,
Eusébio não gostou nada do episódio.
“Tinha recebido a Bola da época anterior e depois do Mundial que fiz
achei que essa estava no papo. Afinal, acabei por perdê-la por um voto e como é
que eu perdi? O jornalista português que votava era o Couto e Santos, que até
era benfiquista, mas não votou em mim. Ao saber, fiquei furioso, mas depois
passou. Paciência, escolheu, escolheu. Ainda me disse que escolheu o Bobby
Charlton porque achava que eu ganharia de avanço – e foi o Bobby que ganhou.
Sei que dizendo isso me vão julgar vaidoso, mas não, é pura verdade: não houve
muita honestidade na escolha, só eu e o Bobby Charlton poderíamos ter
hipóteses, o resto é pura fantasia”.
Eusébio
podia ter-se tornado no primeiro jogador a ganhar a Bola de Ouro em anos
seguidos, algo que só viria a acontecer pela primeira vez com Johan Cruijff, em
1973 e 1974.
De
qualquer forma, Eusébio da Silva Ferreira esteve durante 6 anos consecutivos
nos Big5 da Bola de Ouro do France Football:
1962
– 2.º (O Bola de Ouro foi o Checo Josef Masopust)
1963
– 5.º (O Bola de Ouro foi o Soviético Lev Yashin)
1964
– 4.º (O Bola de Ouro foi o Escocês Denis Law)
1965
– 1.º (Bola de Ouro)
1966
– 2.º (Perdeu a Bola de Ouro por 1 voto, para o Inglês Bobby Charlton)
1967
– 5.º (O Bola de Ouro foi o Húngaro Flórián Albert)


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