No futebol nada está garantido. É um jogo de habilidades com os pés e exploração da inteligência. Muitas vezes a equipa que joga melhor com os pés não ganha à equipa que joga melhor com a cabeça.


quinta-feira, 3 de setembro de 2020

EUSÉBIO: A Bola de Ouro perdida


Em 1966, na votação para a Bola de Ouro, a mais renhida de sempre, Bobby Charlton acabou por vencer por apenas um voto (81-80) e mais tarde veio a saber-se que tinha sido o voto de Couto e Santos, na altura correspondente português da France Football, a fazer a diferença.

 

Obviamente, Eusébio não gostou nada do episódio.

Tinha recebido a Bola da época anterior e depois do Mundial que fiz achei que essa estava no papo. Afinal, acabei por perdê-la por um voto e como é que eu perdi? O jornalista português que votava era o Couto e Santos, que até era benfiquista, mas não votou em mim. Ao saber, fiquei furioso, mas depois passou. Paciência, escolheu, escolheu. Ainda me disse que escolheu o Bobby Charlton porque achava que eu ganharia de avanço – e foi o Bobby que ganhou. Sei que dizendo isso me vão julgar vaidoso, mas não, é pura verdade: não houve muita honestidade na escolha, só eu e o Bobby Charlton poderíamos ter hipóteses, o resto é pura fantasia”.

Eusébio podia ter-se tornado no primeiro jogador a ganhar a Bola de Ouro em anos seguidos, algo que só viria a acontecer pela primeira vez com Johan Cruijff, em 1973 e 1974.

 

De qualquer forma, Eusébio da Silva Ferreira esteve durante 6 anos consecutivos nos Big5 da Bola de Ouro do France Football:

 

1962 – 2.º (O Bola de Ouro foi o Checo Josef Masopust)

1963 – 5.º (O Bola de Ouro foi o Soviético Lev Yashin)

1964 – 4.º (O Bola de Ouro foi o Escocês Denis Law)

1965 – 1.º (Bola de Ouro)

1966 – 2.º (Perdeu a Bola de Ouro por 1 voto, para o Inglês Bobby Charlton)

1967 – 5.º (O Bola de Ouro foi o Húngaro Flórián Albert)



 


 

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