SÉRGIO VIEIRA

"Ouvi uma entrevista do técnico da Ferroviária, ele é português. Fiquei impressionado com a entrevista dele, o cara é bom, diferenciado, como é que ele foi parar na Ferroviária?"

Presidente LULA DA SILVA (Escuta no processo Lava Jato)

“Isto de se meter o aspecto táctico em primeiro lugar no futebol, como foi vendido por aí, não é muito lógico”.

SÉRGIO VIEIRA

 

Sérgio Vieira despediu-se cedo da carreira de jogador (21 anos) e, inspirado por José Mourinho, apostou forte na formação académica para cimentar uma carreira de treinador com a chancela da UEFA.

Para início de carreira começou como treinador nos escalões de formação do SL Cartaxo e como auxiliar técnico de Mariano Barreto na Naval 1.º de Maio.

Para ganhar experiência no futebol profissional integrou as equipas técnicas de Domingos Paciência (Académica, SC Braga e Sporting CP), Sá Pinto, Oceano, Franky Vercauteren (Sporting CP) e Jesualdo Ferreira (Sporting CP e SC Braga), com a função de observação e análise de jogos.

Sem grande experiência como treinador, mas com a bagagem de ter integrado equipas técnicas de treinadores diferenciados e de relevo, Sérgio Vieira decidiu em 2014 voar sozinho e sozinho voou para o Brasil.

Entre 2015 e 2017 a experiência brasileira de Sérgio Vieira passou por Atlético Paranaense (equipa de sub-23); Guaratinguetá (Série C); Atlético Paranaense como treinador interino; Ferroviária de Araraquara (Paulistão); América Mineiro (Brasileirão) e São Bernardo (Série D).

O trabalho realizado na Ferroviária foi reconhecido de tal forma que despertou o interesse do América Mineiro para o Brasileirão. Mas a coisa não correu como pretendia. Curiosamente no Brasileirão 2016 e em clubes de Minas Gerais, Paulo Bento durou 76 dias no Cruzeiro Esporte Clube e Sergio Vieira apenas 43 dias no América Mineiro.

Regressado a Portugal, foi convidado para treinar o Moreirense FC, e logo na Primeira Liga da época 2017/18, onde cumpriu 12 jogos (Entre a 11.ª e a 22.ª Jornadas). Precedido por Manuel Machado e sucedido por Petit.

Na época 2018/19, foi contratado pelo FC Famalicão para disputar a Segunda Liga e discutir a subida de divisão. Cumpriu 26 jogos dos 34 previstos, porque a 8 jogos do fim do campeonato foi substituido por Carlos Pinto, mesmo assim ou por causa disso o Clube subiu de divisão com um segundo lugar atrás do FC Paços de Ferreira de Vítor Oliveira.

Na época 2019/20 assina pelo SC Farense, também para disputar a Segunda Liga e discutir a subida de divisão. Numa época atípica, por causa do Covid-19, os Leões de Faro conseguiram o passaporte de regresso à Primeira Liga numa decisão administrativa quando seguiam na segunda posição (48 pontos) atrás do CD Nacional (50 pontos), após 24 jogos e quando faltavam 10 jornadas para o encerramento de uma competição que ficou sem campeão.

 

A última participação do SC Farense na Primeira Liga tem a data de 5.5.2002, correspondente à época 2001/02. Desde então foram anos pesados, entre desilusões, descidas vertiginosas, desclassificações, suspensões de actividade profissional e recuperações desniveladas, num processo tão demorado (18 anos) como hercúleo de pessoas que não desistiram. O SC Farense teve de se reinventar desde a segunda divisão distrital (2006/07), ou seja da última divisão possível do futebol não profissional.

Em cima: Jeremias, Nelson Bruno, Arlindo, Caras, Zé Clemente, Rogério;

Em baixo: Luís (Chinho), Guiné, Mota, Ricardo Santos (Galinha), Igor.

Outros jogadores: Hernâni, Rúben Cruz, Paulinho, Athos, Márcio, Júnior, Serginho, André...